-Pare de mentir, cansei de você. Parei com você – eu disse enquanto abria a porta e o via sumir no corredor. Ele havia partido, e eu ganhado e perdido.
Por um lado me sentia uma vencedora, uma campeã. Era como se o mundo tivesse parado para me assistir dando um fim naquele lance casual, dando fim a mentiras, traições, tristezas, dando um fim a novela que vivia.
Por outro lado, me sentia a pior. Havia perdido, havia o perdido. E ele se foi, sem querer se explicar, sem dar satisfações, apenas abaixou a cabeça até chegar ao elevador. Seria a última vez que o viria.
Na minha cabeça, os passos longos, um calçado 42, uma blusa jogada, e um rosto encantador. Haviam partido, todos juntos, um a um. Em câmera lenta, ele arriscou olhar pra trás, mais desistiu, talvez tivesse medo de não me encontrar mais lá.
No minuto seguinte, entrei, fechei a porta e me escorei na mesma. Enquanto meu corpo descia até o chão, eu apertava os olhos pedindo para que ele voltasse. Quando finalmente, já sentia o frio do cimento encostar em meu corpo, abri os olhos lentamente, procurando qualquer vestígio seu dentro daquele pequeno cômodo. Ele não estava lá.
Soltei lágrimas, que em nenhum momento exitaram em cair. Me levantei, e andei em circulos pelo apartamento, meu corpo vibrava, pedia para que fosse atrás dele, pedia uma segunda chance, mais no fundo, até meu copo de vinho branco, que haviamos bebibo a duas noites atrás, sabia que a culpa era dele. Meus pensamentos foram interrompidos pelo som da campainha. Arrepiei e em dois segundos, abri a porta.
- Senhorita, as cartas. -dizia simpático, o carteiro.
Peguei-as e joguei-as em um lugar qualquer. Desisti de espera-lo, e fui até meu quarto. Me sentei na cama, olhei para o relógio em cima do criado mudo. Mas não, não olhei para as horas, pois um bilhete que estava embaixo dele, me chamou a atenção.
Um envelope roxo, escrito meu nome com letras de forma. Minhas pernas bambearam, e meu corpo tremeu. Peguei delicadamente o envelope, e o abri. Não quis imaginar o que pudesse estar escrito, afastei meus pensamentos e apenas o abri.
Escrito com letras douradas, num papel bonito, ele escreveu: 'Se eu pudesse escolher, não partiria. Eu amo você, minha garota'.
Abracei o bilhete, e chorei por uma última vez. Havia cansado, e não voltaria atrás, nem por milhões de bilhetes do mundo.
Quem sabe, um dia abrirei a porta do meu apartamento, e o avistarei ao longe. Saindo da casa de outra pessoa, com os mesmos passos, o mesmo sapato, a mesma blusa jogada, e incrivelmente o mesmo rosto, encantador.
Ficou lindo, ana *.*
ResponderExcluirinspirado em algo? ;x
obrigada .-. hihi
ResponderExcluirsim, numa briga né? kk
lindo lindo lindo *-* bff aqui :*
ResponderExcluirqueeeeeeeee lindos seus textos pow *-* - mih linda que te ama hehe s2 saudades
ResponderExcluirMIH LINNNNNNNDA s2 hihi graças a voçe que ainda to escrevendo minha linda <3 hihi - bff <3
ResponderExcluirlindo como sempre
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